A cinco dias da data prevista para o início do ano letivo na rede estadual, as escolas do Paraná ainda não sabem como farão para receber os alunos em sala de aula. A equação complicada é composta por três variáveis: o corte no número de funcionários; a falta de repasses do fundo rotativo (dinheiro destinado à manutenção das escolas e compra de materiais); e o déficit de professores. Enquanto o colapso se acirra, cresce na categoria os rumores de greve. Na semana passada, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) cortou 30% dos funcionários contratados via Processo Seletivo Simplificado (PSS). A medida mandou para casa cerca de três mil servidores que trabalhavam na limpeza e manutenção das escolas, além de alguns funcionários administrativos. As escolas do Paraná padecem, ainda, da falta de dinheiro. Desde outubro, três parcelas do fundo rotativo do ano passado estão atrasadas: duas destinadas a compra de materiais de consumo e uma à manutenção das escolas. Enquanto isso, colégios estão longe de ter condições ideais Ontem, a Seed publicou uma nota, informando que seria depositada na conta das escolas a primeira parcela de 2015 da cota de consumo do fundo rotativo. O valor destinado aos colégios seria de R$ 4,2 milhões. A dúvida quanto às parcelas atrasadas permanece. Questionada, a Seed se limitou a dizer que o pagamento seria normalizado, mas não deu detalhes.
A Seed diz que o “ajuste” no número de funcionários não prejudicará as aulas. Na média, um funcionário teria sido cortado por colégio. Antes da redução, 19 mil atuavam nas escolas.
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