O Setor de Obras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) de Cascavel, participou de uma reunião organizada pelo Grupo de Apoio as Gestantes GestaCascavel juntamente com o vereador Paulo Porto para prestação de contas sobre as obras da nova Ala Materna Infantil do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) que terá inicio a partir da próxima semana (dia 09 de fevereiro).
O Grupo GestaCascavel é um grupo de apoio as gestantes que atendem pais que estão esperando bebê e que luta em prol do Parto Humanizado buscando da sociedade uma estrutura e espaço para que o parto possa acontecer tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto no espaço privado. Por esse motivo, a reunião partiu do interesse em que o GestaCascavel teve ao saber sobre a nova estrutura que o hospital terá para melhorar a capacidade de atendimento da UTI Neonatal proporcionando um cuidado maior com as gestantes e com os bebês durante o procedimento do Parto Humanizado que o hospital passará a obter.
Segundo o diretor de Planejamento Físico, Edson Souza, hoje o Huop possui apenas 39 leitos adultos e 46 berços para atender toda comunidade externa, mas com a nova Ala Materna o número irá dobrar para 70 leitos adultos e 98 berços, no que consiste em uma área de 3.281,90m². As obras que terão início a partir do dia 09 de fevereiro deste ano, durarão aproximadamente dois anos para serem concluídas e todo recurso investido procederá do governo estadual, sendo um valor de 7 milhões de reais.
Edson ainda explica que a Unioeste está se disponibilizado cada vez mais para a comunidade externa e é muito importante que todos discutam as mudanças juntos, em especial a do hospital, pois afeta toda a sociedade. "Será realizada outra reunião com o Huop para dar continuidade aos projetos da obra", confirma.
Já a coordenadora do GestaCascavel, Marieli Araujo Rossoni Marcioli, diz que a estrutura do projeto atendeu as expectativas e demandas que um hospital necessita para atender os procedimentos do parto humanizado e que gostaram das propostas, mas é necessário que haja algumas adequações para melhorar o atendimento. Paulo Porto também diz que esse projeto é uma novidade tanto para ele quanto para a sociedade e é uma maneira de dar o devido valor as mulheres, pois são elas que irão desfrutar do que está sendo proposto.
Sobre o Parto Humanizado
O parto humanizado é semelhante ao parto normal, mas a diferença é que não ocorrem intervenções. Diferentemente em relação a outros países, no Brasil o parto normal é visto como altamente intervencionista e que aumenta os riscos para a mãe e para o bebê, sendo mais desconfortável e com muitas violências obstétricas. Já no parto humanizado, não há interferência, a não ser que seja absolutamente necessário e com indicações.
Os benefícios do parto humanizado são vários, um deles é a recuperação da mulher que é muito melhor quando comparado com uma cesárea ou um parto normal com muitas intervenções. O parto natural é aquele que acarreta menos riscos para o binômio, tanto para a mãe quanto para o feto. Os recém-nascidos têm menores riscos de patologias relacionadas com a prematuridade, como o desconforto respiratório.
No parto humanizado são utilizados métodos e não medicamentosos para aliviar a dor, como massagens, banhos de relaxamentos e bolas. Outro benefício importante do parto humanizado é estimular mãe e filho a ficarem juntos logo após o parto.
Fonte: Unioeste