Entidades de caminhoneiros propõem greve em 1º de novembro
As mesmas entidades já convocaram greves em fevereiro e julho deste ano
As entidades nacionais de trabalhadores CNTTL (Confederação Nacional de Trabalhadores em Transportes e Logística), CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) e Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), vinculadas ao setor de transporte de cargas, anunciaram a decisão de decretar estado de greve a partir de 1º de novembro, caso o governo não atenda às reivindicações que tiveram origem na paralisação dos caminhoneiros em 2018.
Estas três entidades já fizeram outras convocações de greve em fevereiro e julho deste ano, mas com a categoria dividida entre grupos que apoiam e são contra o governo do presidente Bolsonaro, os protestos não chegaram ao nível da greve de 2018, em que o Brasil parou por mais de 10 dias.
Entre as reivindicações está a aplicação efetiva da chamada tabela de fretes mínimos, mas uma das principais queixas dos caminhoneiros é o custo do combustível, que teve diversos aumentos nos últimos meses, acumulando uma alta de 50% neste ano.
A Petrobras anunciou no final de setembro um aumento de 9% no preço médio do diesel e mesmo que a Câmara dos Deputados tenha aprovado na semana passada um projeto que torna fixo o ICMS incidente sobre os combustíveis, que é uma proposta defendida por Bolsonaro, boa parte dos governadores não apoiam, calculando que perderão R$ 24 bilhões em arrecadação.
Foto: souagro.