Central de Leitos completa três anos nesta quinta-feira
A Central organiza e distribui a ocupação de leitos nos estabelecimentos de assistência à saúde vinculados ao SUS
Nesta quinta-feira (25), a gestão compartilhada do Complexo Regulador Macro Oeste, também conhecido como Central de Leitos, entre a Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) e o Consamu, completa três anos.
A regulamentação organiza e distribui a ocupação de leitos nos estabelecimentos de assistência à saúde vinculados ao SUS (Sistema Único de Saúde) na área de abrangência da Macrorregião Oeste, composta por cinco regionais de Saúde. São elas a 10ª Regional de Saúde (Cascavel), 20ª regional de Saúde (Toledo), 9ª Regional de Saúde (Foz do Iguaçu), 8ª Regional de Saúde (Francisco Beltrão) e 7ª Regional de Saúde (Pato Branco), totalizando 92 municípios.
O objetivo é estabelecer o controle, gerenciamento e priorização do acesso e fluxos assistenciais no âmbito do SUS, e como sujeitos seus respectivos gestores públicos, sendo estabelecida pelo complexo regulador e suas unidades operacionais. Esta dimensão abrange a regulação médica, exercendo autoridade sanitária para a garantia do acesso baseada em protocolos, classificação de risco e demais critérios de priorização.
De acordo com o diretor da Central de Leitos, o médico Fernando Sonomiya, antes desta parceria, não havia médico regulador durante 24 horas ininterruptas e sete dias por semana, o sistema não era tão avançado e a regulação, que hoje é de aproximadamente quatro mil atendimentos por mês, era de aproximadamente 1,5 mil atendimentos, sem que houvesse aumento na oferta de leitos.
“Tivemos muitas batalhas, mas um resultado expressivo neste período. Logo nos primeiros quatro meses, passamos a internar 40% a mais pacientes do que o período anterior, devido à qualificação e melhoria no fluxo”, destaca.
A macrorregulação também foi estratégica na gestão dos picos do covid-19. Em determinados momentos, especialmente durante a terceira onda, entre os meses de junho e julho deste ano, cerca de 500 pacientes aguardaram vagas hospitalares, chegando perto do colapso.
“Tivemos que lidar com uma situação extrema, criar check-lists para reconhecer a doença, qualificar a informação de forma que não se ocupassem leitos não covid com pacientes covid, e o inverso. Hoje, graças a todos os cuidados e às campanhas de vacinação, não temos mais filas de internamento”, conclui.
Segundo Sonomyia, a pandemia deixou como legado, além da melhoria do conhecimento profissional, a estrutura física, como monitores, ventiladores e leitos de UTI gerais, que vão ajudar no dia a dia de pacientes com outras doenças, como o AVC, infarto e traumas, e que precisam e internamento.