Implantação do Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes vítimas e testemunhas de violência é discutido em Três Barras
A ação envolveu toda a Rede de Proteção e Atendimento à Criança e ao Adolescente do município
Na última sexta-feira (22) foi realizada a continuação da capacitação com a Mestre em Psicologia, Cristina Fukumori Watarai, Psicóloga do Nucria de Londrina. A mesma aconteceu através do SMAS/CREAS, no CRAS de Três Barras do Paraná, com o objetivo de instrumentalizar a Rede de Proteção para a temática da violência contra crianças e adolescentes, segundo a Lei da escuta protegida (13.431/17). A ação envolveu toda a Rede de Proteção e Atendimento como CRAS, CREAS, Conselho Tutelar, Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social.
O objetivo da capacitação é focar na Escuta Especializada, evitar a revitimização da criança e do adolescente e ainda, evitar a violência institucional que acontece, muitas vezes, por desconhecimento técnico e por não existirem até então, protocolos de atendimento a essas vítimas. A Lei 13.431/2017 vem definir alguns papéis, principalmente da Rede de Proteção e Atendimento da Criança e do Adolescente, quando recebem essas vítimas. E ainda, estabelecer a função do Judiciário, do Ministério Público, das Autoridades Policiais e do município, com a Rede de Proteção e Atendimento à Criança e ao Adolescente integrada, devem tratar a violência.
Até então era muito corriqueiro crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência serem revitimizadas após terem que relatar por diversas vezes a violência sofrida, nos diversos Equipamentos que fossem atendidos. Essa legislação tem o objetivo de fazer com que eles relatem a violência e o mais breve possível, passem pelo atendimento da escuta especializada, muito possivelmente só tocando no assunto novamente, se necessário, no Judiciário, também por técnico capacitado.
Segundo a Assistente Social Sandra Franceschini Pizzato, da SMAS, ainda é um longo caminho a ser percorrido até conseguirmos implementar integralmente a Lei, e é preciso alinhar o atendimento com todos as instâncias de atendimento às vítimas de violência, mas nossa Rede está de parabéns, estão se dedicando muito, buscando estudar e se aperfeiçoar. Estamos ainda tendo um ótimo diálogo entre o Judiciário e o Ministério Público, esperando logo colher os frutos desta parceria.