Cinco pesticidas foram classificados como cancerígenos "prováveis" ou "possíveis" para o homem pela agência do câncer da Organização Mundial da Saúde (Iarc). O herbicida glifosato, um dos mais utilizados no mundo, e os inseticidas malathion e diazinon foram classificados como cancerígenos "prováveis para o homem", ainda que as "provas sejam limitadas", segundo a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer.
Os inseticidas tetraclorvinfos e paration, que já foram alvo de interdições e restrições em vários países, foram por sua vez classificados como "possíveis" cancerígenos. O glifosato é a substância ativa do Roundup, um dos herbicidas mais vendidos do mundo.
Para além da agricultura, onde a sua utilização tem aumentado bastante, ele também é usado nas florestas e por indivíduos em seus jardins. O glifosato foi encontrado no ar, na água e nos alimentos, de acordo com a Iarc, que afirma que a população em geral está particularmente exposta quando habita próximo a áreas tratadas. Os níveis de exposição observados, no entanto, são "geralmente baixos", segundo a Iarc
Em termos de risco cancerígeno do glifosato e dos inseticidas malathion e diazinon, a Iarc observa que há "evidência limitada" em seres humanos sobre o aparecimento de linfomas não-Hodgkin, os câncer do sangue. Para o malathion, a Iarc também cita o câncer de próstata e para o diazinon, o câncer de pulmão.
Os riscos foram avaliados com base em estudos de exposição agrícola realizados nos Estados Unidos, Canadá e Suécia, bem como em animais em laboratórios.
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