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Data: 25/02/2015

Universidades estaduais reforçam ações de combate à dengue

São medidas que vão desde a eliminação do mosquito até a criação de um software de mapeamento

Preocupadas com o número de casos de dengue no país, as universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM) e do Oeste do Paraná (Unioeste) intensificam as ações de combate à doença neste início de ano letivo. São medidas que vão desde a eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti até o desenvolvimento de um software para o mapeamento da dengue. 
Uma das regiões do Estado que mais preocupam é Londrina, que registra 684 casos da doença desde agosto do ano passado. Na UEL foram reforçadas as orientações sobre a eliminação de recipientes que podem acumular água e de outros possíveis criadouros do mosquito. Por isso, os cuidados com manutenção e limpeza serão redobrados. "É um plano de ação para prevenção e controle da dengue por conta do início das aulas", informa a chefe da Divisão de Assistência à Saúde à Comunidade (DASC), a enfermeira Márcia Regina Pizzo de Castro. 
A coordenadora do projeto Reciclauel, Maria José Sartor, lista locais propícios para o acúmulo de água e que podem se transformar em possíveis criadouros, entre eles recipientes plásticos descartados de maneira incorreta. "Buscamos o envolvimento de toda comunidade universitária no controle e combate à doença". Ela informa que também foram promovidas reuniões com os administradores prediais dos setores da universidade, com o objetivo de reforçar os cuidados de manutenção necessários para evitar focos de proliferação. 
Londrina e região apresentam altos índices de infecção da doença. Segundo o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, somente na última semana foram confirmados 63 casos da doença. O vírus da dengue é transmitido da pessoa doente para o mosquito sadio, que repassa para outra pessoa através da picada da fêmea do mosquito. A fêmea do mosquito Aedes tem hábitos diurnos e permanece com o vírus durante toda a vida. 
UEM - Em Maringá, além das ações sistemáticas para eliminar os focos do mosquito transmissor da dengue, como mutirões para recolher o lixo e entulhos e roçadas pelo câmpus, a UEM ampliará seu leque de atividades, envolvendo diversos setores da instituição. A coordenadora do Parque Ecológico da UEM, Lucimar Pontara Peres, comenta que a intenção é conscientizar a comunidade universitária sobre o descarte correto de lixo orgânico e de material reciclável; disponibilizar lixeiras funcionais de acordo com material a ser descartado; vistoriar possíveis pontos que possam vir a ser foco do mosquito e adotar ações para eliminá-los. 
Nesta semana, o Conselho de Administração decide sobre um convênio com quatro cooperativas de reciclagem de Maringá para que elas possam recolher material no campus. Com a Secretaria de Saúde de Maringá, a UEM pretende desenvolver diversas ações de conscientização, por meio de folhetos, mensagens por e-mail, palestras e documentários sobre o perigo da doença e a necessidade de conservação de ambiente limpo. Além da percepção dos riscos e mudanças de atitudes, o objetivo é que as pessoas se transformem em multiplicadores do conhecimento. 
A luta contra a dengue na UEM envolve a Prefeitura do Campus (suas diretorias e Parque Ecológico), as prós-reitorias de Ensino (PEN) e de Extensão e Cultura (PEC), a Assessoria de Planejamento, a Reitoria e o Pró-Ação Ambiental. Em breve, deve ser realizado outro mutirão de limpeza do câmpus. A PEC e o Centro de Voluntariado Universitário também farão coleta de recicláveis dentro de uma gincana. 
SOFTWARE - Os pesquisadores da Unioeste desenvolveram um software para integrar as informações sobre a dengue que o município de Cascavel dispõe, trabalhando com modelos matemáticos e computacionais para simulação da proliferação da doença. Trata-se do Sistema de Informação para Aquisição, Manipulação e Tratamento de Dados sobre Dengue (Sigdengue), que tem o objetivo de fornecer de forma rápida um mapeamento da cidade para dar suporte às ações de controle e combate ao vetor da doença. 
O projeto faz parte de um programa de extensão do campus de Cascavel, desenvolvido a partir de uma parceria entre a Unioeste e a Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel, por meio do Programa de Endemias. 
Segundo a coordenadora do projeto, professora Cláudia Bandeleiro Rizzi, este ano já foram feitos dois testes de campo e está em fase de conclusão o documento de requisitos do Software Sigdengue versão para web, assim como o levantamento das 111 localidades da Dengue na cidade de Cascavel e do georreferenciamento dos pontos estratégicos. 
Os processos incluem duas etapas - Simulações e Geoprocessamentos. Nas Simulações são feitas modelagens computacionais da dinâmica do espalhamento da dengue, empregando diversas abordagens, como redes de contato, autômatos celulares e agentes computacionais, entre outras. O Geoprocessamento viabiliza a geração de mapas temáticos georreferenciados para estabelecer e integrar caracterizações ambientais, sociais, econômicas que influenciam a dinâmica da interação entre humanos e os vetores da dengue, entre outras situações. 
TRANSMISSÕES - O mosquito da dengue é rajado, geralmente escuro, com manchas brancas pelo corpo. Sua característica é a presença de um desenho prateado na parte dorsal do tórax. A fêmea pica durante o dia. Vale lembrar que mosquito contaminado permanece com o vírus durante toda a vida, um tempo médio de 30 a 45 dias. Porém os ovos permanecem vivos até 450 dias. 
Há duas formas de dengue, a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações e dor por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. Já a dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas normais, é possível ocorrer sangramento e, ocasionalmente, choque, o que pode levar à morte.

AEN

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