Ágata Sofia Saraiva, de 3 anos, voltou a morar com a mãe biológica, Emily Saraiva, de 19 anos.
O caso da menina repercutiu em janeiro, quando ela ainda vivia com uma família acolhedora e foi levada pela genitora para Governador Valadares, no estado de Minas Gerais. Na época, Emily e o namorado ficaram presos pelo período de uma semana e depois foram liberados.
O processo para Ágata voltar a morar com a mãe seguia desde 2020 e se concretizou no dia 3 de julho deste ano.
De acordo com o advogado de Emily, Claudinei Ozelame, logo após o caso de rapto, o pedido foi reforçado junto à Justiça e, só agora, saiu a determinação que a criança vai ficar com a mãe biológica.
Para ter a filha de volta, a jovem precisou cumprir requisitos determinados pela Justiça como estar empregada, ter uma vida estável e suporte familiar. Ainda segundo o advogado, Ágata e Emily são acompanhadas pelo Recanto da Criança e pelo Casm (Centro de Atenção em Saúde Mental), com tratamentos psicológicos.
Em janeiro, várias informações a respeito de Emily vieram à tona, inclusive, que ela era usuária de drogas. Entretanto, Claudinei Ozelame afirmou que a última vez que a jovem fez uso de entorpecentes foi aos 15 anos, antes de descobrir a gravidez.
"A Emily teve um problema lá atrás, ela tinha 15 anos quando engravidou e, depois que soube que estava grávida, nunca mais teve contato nenhum com nenhum tipo de entorpecente", explica.
Além disso, o advogado também deu detalhes sobre como ficou a vida da jovem após o nascimento da criança. "Depois que a Ágata nasceu, as duas estavam acolhidas. Quando a Emily completou 18 anos, ela saiu do programa [Família Acolhedora], só que ela não pôde pegar a Ágata até ter uma condição melhor", detalha.
Ainda conforme Claudinei, Emily tomou a decisão de raptar a filha depois de saber, por meio de uma notícia falsa, que a menina sairia do Programa Família Acolhedora e iria para um processo de adoção definitiva. Assim, ela não teria chances de recuperar Ágata.
"Devido a uma fake news, ela ficou sabendo que a filha estaria indo para adoção. Ela não procurou a Justiça para saber se era verdade ou não, então, desesperada, ela acabou cometendo - em tese - esse crime de ter raptado a sua própria filha", expõe.
Agora, a expectativa é para uma determinação da Vara Criminal em denunciar Emily pelo rapto da criança. O processo está parada e ainda não se sabe qual será a caracterização, caso haja denúncia.
Fonte:Catve