O 15º Seminário de Extensão da Unioeste (SEU) termina hoje com saldo positivo, foram 297 trabalhos apresentados e muitas discussões sobre o fazer extensionista, que enriquecem toda comunidade acadêmica e externa e podem gerar novas perspectivas.
A conferência com o professor Pedro Demo destacou a extensão universitária e sua interface com a aprendizagem. Demo explicou que a extensão universitária tem o espírito de "formar o estudante para ser protagonista e que a Universidade precisa ensinar a produzir conhecimento".
Demo ressalta a necessidade de a Universidade produzir educação científica e de exercitar a autoria, o saber pensar, para que seja possível se renovar e conseguir a "aprendizagem emancipatória", pois o conhecimento vivo é aquele que se renova, que está aberto.
A programação do último dia inclui apresentações orais, oficinas, minicursos, apresentações culturais e mesas redondas, uma sobre "O PDE e a interface com a universidade pública: lutas, desafios e perspectivas" e a outra sobre "A Unioeste no contexto das políticas públicas para o desenvolvimento do esporte no Oeste do Paraná".
A cerimônia de encerramento será a partir das 16 horas, com apresentação do Coral Juvenil de Marechal Cândido Rondon, pronunciamentos das autoridades e o Maracatu Alvorada de Foz do Iguaçu.
Crescimento significativo
O pró-reitor de Extensão, Remi Schorn, ressalta que "o evento foi realizado numa nova condição de qualidade. Os trabalhos foram previamente avaliados, reformulados e as apresentações foram acompanhadas pelas comissões de extensão das referidas áreas (diferentemente do que acontecia até então)".
Remi entende que isso "implicou num crescimento significativo no compromisso das pessoas com a qualidade do evento e repercutiu positivamente no número de trabalhos apresentados no SEU, que chegou a 297". De acordo com ele isso é "uma prova de que a qualidade motiva a comunidade acadêmica a se fazer presente e vivenciar o evento".
O pró-reitor cita também a revista Extensiva, lançada no seminário, e que teve um número expressivo de submissões de artigos, o que mostra que "a comunidade está disposta a escrever cientificamente sobre extensão. A consolidação da revista é uma tarefa fácil, mas absolutamente necessária".
Remi considera que "todas as mesas tiveram público satisfatório, tendo em vista o trauma moral que o conjunto da comunidade vivencia" e atribui o sucesso do SEU "ao empenho das comissões de extensão de todos os centros, dos extensionistas, da equipe de professores, agentes universitário, estudantes, professores do PDE e projetos PDA presentes".
Interação e socialização de conhecimentos
O diretor do campus de Marechal Cândido Rondon, Paulo José Koling, enfatiza a importância do evento, já que "o Campus se torna o local de reunião, de diálogo e de discussão das ações de extensão da Universidade. O seminário dá visibilidade à Universidade e possibilita que nós nos conheçamos mais, pois há participação de extensionistas de todos os campi, que interagem e socializam conhecimentos sobre a extensão da Unioeste".
O diretor salienta que "a cada edição do SEU, o Campus que sedia se sente responsável pela organização e isto demonstra a capacidade que temos de organizar grandes eventos e buscar o envolvimento da sociedade local em torno do tema da extensão, que neste ano discute interfaces e novas perspectivas".
Paulo acrescenta que "a 15ª edição do SEU no contexto da greve influencia o envolvimento dos alunos, porém, abre um espaço de discussão sobre a política previdenciária do Paraná e a crise que estamos vivendo no financiamento do ensino superior público".
Com isto, "tivemos boa participação de professores da rede pública, inclusive na mesa redonda sobre a s condições do ensino público e na conferência do Pedro Demo". O diretor acentua que "a presença do Pedro Demo na Unioeste certamente foi o elemento mais instigante e provocativo para nós construirmos a educação-extensão na aprendizagem".
Texto: Neusa Carneiro
Legenda foto: Credenciamento do Seminário de Extensão da Unioeste