Somos criaturas, somos filhos queridos do senhor da vida e da esperança. E como filhos de Deus podemos nos considerar membros amados e queridos da família divina, A Ela devemos nos colocar em sintonia segundo o projeto divino que se manifesta a nós pela aliança.
Deus é o PAI que com sabedoria criou e dirige o universo. (Dt 4, 32-34.39-40)
Convida o seu povo a contemplar a sua história, a sua ação de Deus, na sua vida e na libertação. Dá pistas para reconhecer o seu verdadeiro rosto de . É um Deus que estabelece COMUNHÃO e familiaridade com seu Povo. Ele vai ao encontro, fala com eles e está sempre atento aos seus problemas. É um Deus fiel, apesar da infidelidade de Israel.
É um Deus próximo do Povo, embora esse se afaste dele.
Como povo somos convidados a cumprir os mandamentos do Senhor,
Pois Ele é um Deus que quer a nossa felicidade e a nossa plena realização.
"Se alguém me ama, guardará as minhas palavras; e meu Pai o amará e nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada..."
Em nós está o PAI, que nos chamou do nada, insuflou-nos o sopro da vida,
deu-nos um nome, confiou-nos uma missão.
Em nós está o FILHO, que entregou sua vida por nós,
imagem do Filho de Deus a ser imitada e reproduzida por todos nós.
Em nós está o ESPÍRITO SANTO,
que nos ilumina e fortalece nos caminhos de Deus.
Portanto a Lei de deus é múltipla e o que devemos entender por Ela?
Vamos dar uma Olhada o que nos diz São Gregório ao comentar o livro de Jó:
“O que devemos entender por lei de Deus a não ser a caridade?
Pois por meio dela sempre se pode encontrar na mente como traduzir na prática os preceitos de Deus. Sobre esta lei de Deus, é dito pela palavra da Verdade: Este é o meu mandamento,que vos ameis uns aos outros. Desta lei fala Paulo: A plenitude da lei é o amor. E ainda: Carregai os fardos uns dos outros e cumprireis assim a lei de Cristo. O que de melhor se pode entender por lei de Cristo senão a caridade, vivida na perfeição, quando suportamos os fardos dos irmãos por amor? No entanto, esta mesma lei pode-se dizer ser múltipla, porque com zelosa solicitude a caridade se estende a todas as ações virtuosas. Começando por dois preceitos, ela vai atingir muitos outros. Paulo soube enumerar a multiplicidade desta lei ao dizer: Acaridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não se ensoberbece, não age mal; não éambiciosa, não busca o que é seu, não se irrita, não pensa mal, não se alegra com ainiquidade, mas rejubila com a verdade. Na verdade é paciente a caridade, pois tolera com serenidade as afrontas recebidas. É benigna porque retribui os males com bens generosos. Não é invejosa porque, nada cobiçando neste mundo, não tem por onde invejar os êxitos terrenos. Não seensoberbece; deseja ansiosamente a retribuição interior, por isso não se exalta com os bens exteriores. Não age mal, pois somente se dilata como amor a Deus e ao próximo, por isto ignora tudo quanto se afasta da retidão. Não é ambiciosa porque, cuidando ardentemente de si no íntimo, não cobiça fora, de modo algum, as coisas alheias. Não busca o que é seu, pois tudo quanto possui aqui considera-o transitório e alheio, sabendo que nada lhe é próprio a não ser aquilo que permanece sempre com ela. Não se irrita, pois, quando insultada, não se deixa levar por sentimentos de vingança, já que por grandes trabalhos espera prêmios ainda maiores. Não pensa mal, porque, firmando o espírito no amor da pureza, arranca pela raiz todo ódio e não admite na alma mancha nenhuma. Não se alegra com a iniquidade: o seu único anseio consiste no amor para com todos sem se alegrar com a perda dos adversários. Rejubila, porém, com a verdade porque, amando os outros como a si próprios, enche-se de gozo ao ver neles o que é reto como se
se tratasse do progresso próprio. É múltipla, portanto, a lei de Deus.
Viver a Lei de Deus nada mais é do que colocar em pratica o amor ao próximo, o amor aos irmãos. Que saibamos viver a nossa vida segundo a Lei de Deus, pois Ela somente deseja a minha, a sua felicidade.