Ao longo da estrada de nossa vida, nos deparamos com muitas encruzilhadas, onde somos chamados a fazer escolha. Devemos tomar uma estrada e deixar a outra e esta escolha nem sempre é fácil. Como é importante, nesses momentos, o testemunho seguro de alguém que sabe o que quer! Na sagrada escritura podemos encontrar este testemunho já entre os Hebreus, na escolha da Israel que se apresenta entre Javé ou os ídolos. Após a longa peregrinação através do deserto e a posse da Terra Prometida, Josué convoca o Povo e o põe diante de uma escolha fundamental: "ESCOLHEI a quem quereis servir: os deuses do lugar, ou o Deus que nos libertou do Egito e fez uma Aliança conosco? Eu, porém, e a minha família vamos servir ao Senhor". Diante do testemunho forte de Josué, o povo não se deixou levar pela tentação de uma religião mais fácil dos cananeus, pelo contrário renovou sua fidelidade ao Deus de seus pais. (Js 24,1-2.15-18). São Paulo na carta aos efésios (Ef 5,21-32) nos fala do amor conjugal, como sinal do amor de Cristo à sua Igreja. Os esposos devem escolher: Amor ou egoísmo. Como Cristo e a Igreja formam um só corpo, assim marido e esposa, comprometidos numa comunidade de amor, formam um só corpo. O casal cristão deve ser sinal e reflexo da união de Cristo com a sua Igreja.
No evangelho de São João (Jo 6,60-69) concluindo o discurso do “pão da vida”,
Os discípulos são colocados diante de uma profunda crise. Diante das palavras do mestre, são levados a fazer uma escolha: Seguir ou abandonar Jesus...
- Cristo havia feito o milagre da multiplicação dos pães…
- O Povo entusiasmado quer proclamá-lo rei…
- Cristo pede um gesto de fé: crer ou não nele... aceitar ou não a sua proposta... Buscar apenas o pão material ou acolher o Dom do Pão da vida. E o povo se escandaliza… não aceita… até os discípulos murmuram: "Essas palavras são duras demais, é difícil de engolir..." Muitos se retiram e o abandonam… Jesus não muda a linguagem, exige fé. A fé pode ser aceita ou recusada, mas não "negociada"... Sem a fé, não entenderiam aquelas palavras e aqueles sinais… Por isso, questiona os doze: "Vocês também querem ir embora?" Diante desse desafio, aparece o belo testemunho de Pedro: "A quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna." A atitude forte de Pedro dissipa as dúvidas dos demais apóstolos, e todos permanecem fiéis junto ao seu Mestre. Nós também somos convocados a fazer a nossa escolha diante dos valores do amor, do serviço, da partilha com os irmãos, da simplicidade, da coerência com os valores do Evangelho... Mas todos os dias somos tentados a construir a nossa vida nos valores do poder, do êxito, da ambição, dos bens materiais, da moda... Diante desta “bifurcação” devemos fazer a nossa opção. CRISTÃO é quem escolhe Cristo e o segue... Para isso, devemos nos educar no pensamento de Cristo, ver a história como ele, julgar a vida como ele, escolher e amar como ele, esperar como ele ensina, viver nele a comunhão com o Pai e o Espírito Santo.
Hoje vemos muitos Cristãos deixando a religião e ficamos preocupados...
A falha é de quem? Da Igreja que batiza? Dos pais que não vivem a vida cristã?
Da comunidade que não evangeliza ou não testemunha sua fé?
Que tipo de cristão você pretende ser? Que tipo de religião pretende seguir?
- Uma religião REVELADA por Deus, que você acolhe generosamente...
- ou uma religião CRIADA pelos homens, porque atende melhor a seus interesses pessoais?
O Reino de Deus não é um concurso de popularidade... Muitos pensam que, "suavizando" as exigências do Evangelho, seriam mais facilmente aceitas pelos homens do nosso tempo... O que deve nos preocupar não é tanto o número de pessoas que vão à igreja; mas o grau de autenticidade com que vivemos e testemunhamos no mundo a proposta de Jesus. E nós... a quem iremos? Se ainda estivermos indecisos em nossa escolha, recordemos as palavras de Pedro:
"Senhor, a quem iremos, só tu tens palavras de vida eterna…"
Pe. Antônio Carlos Gerolomo OSJ (gerolomo@gmail.com)
"Senhor, a quem iremos?"
Ao longo da estrada de nossa vida, nos deparamos com muitas encruzilhadas, onde somos chamados a fazer escolha. Devemos tomar uma estrada e deixar a outra e esta escolha nem sempre é fácil. Como é importante, nesses momentos, o testemunho seguro de alguém que sabe o que quer! Na sagrada escritura podemos encontrar este testemunho já entre os Hebreus, na escolha da Israel que se apresenta entre Javé ou os ídolos. Após a longa peregrinação através do deserto e a posse da Terra Prometida, Josué convoca o Povo e o põe diante de uma escolha fundamental: "ESCOLHEI a quem quereis servir: os deuses do lugar, ou o Deus que nos libertou do Egito e fez uma Aliança conosco? Eu, porém, e a minha família vamos servir ao Senhor". Diante do testemunho forte de Josué, o povo não se deixou levar pela tentação de uma religião mais fácil dos cananeus, pelo contrário renovou sua fidelidade ao Deus de seus pais. (Js 24,1-2.15-18). São Paulo na carta aos efésios (Ef 5,21-32) nos fala do amor conjugal, como sinal do amor de Cristo à sua Igreja. Os esposos devem escolher: Amor ou egoísmo. Como Cristo e a Igreja formam um só corpo, assim marido e esposa, comprometidos numa comunidade de amor, formam um só corpo. O casal cristão deve ser sinal e reflexo da união de Cristo com a sua Igreja.
No evangelho de São João (Jo 6,60-69) concluindo o discurso do “pão da vida”,
Os discípulos são colocados diante de uma profunda crise. Diante das palavras do mestre, são levados a fazer uma escolha: Seguir ou abandonar Jesus...
- Cristo havia feito o milagre da multiplicação dos pães…
- O Povo entusiasmado quer proclamá-lo rei…
- Cristo pede um gesto de fé: crer ou não nele... aceitar ou não a sua proposta... Buscar apenas o pão material ou acolher o Dom do Pão da vida. E o povo se escandaliza… não aceita… até os discípulos murmuram: "Essas palavras são duras demais, é difícil de engolir..." Muitos se retiram e o abandonam… Jesus não muda a linguagem, exige fé. A fé pode ser aceita ou recusada, mas não "negociada"... Sem a fé, não entenderiam aquelas palavras e aqueles sinais… Por isso, questiona os doze: "Vocês também querem ir embora?" Diante desse desafio, aparece o belo testemunho de Pedro: "A quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna." A atitude forte de Pedro dissipa as dúvidas dos demais apóstolos, e todos permanecem fiéis junto ao seu Mestre. Nós também somos convocados a fazer a nossa escolha diante dos valores do amor, do serviço, da partilha com os irmãos, da simplicidade, da coerência com os valores do Evangelho... Mas todos os dias somos tentados a construir a nossa vida nos valores do poder, do êxito, da ambição, dos bens materiais, da moda... Diante desta “bifurcação” devemos fazer a nossa opção. CRISTÃO é quem escolhe Cristo e o segue... Para isso, devemos nos educar no pensamento de Cristo, ver a história como ele, julgar a vida como ele, escolher e amar como ele, esperar como ele ensina, viver nele a comunhão com o Pai e o Espírito Santo.
Hoje vemos muitos Cristãos deixando a religião e ficamos preocupados...
A falha é de quem? Da Igreja que batiza? Dos pais que não vivem a vida cristã?
Da comunidade que não evangeliza ou não testemunha sua fé?
Que tipo de cristão você pretende ser? Que tipo de religião pretende seguir?
- Uma religião REVELADA por Deus, que você acolhe generosamente...
- ou uma religião CRIADA pelos homens, porque atende melhor a seus interesses pessoais?
O Reino de Deus não é um concurso de popularidade... Muitos pensam que, "suavizando" as exigências do Evangelho, seriam mais facilmente aceitas pelos homens do nosso tempo... O que deve nos preocupar não é tanto o número de pessoas que vão à igreja; mas o grau de autenticidade com que vivemos e testemunhamos no mundo a proposta de Jesus. E nós... a quem iremos? Se ainda estivermos indecisos em nossa escolha, recordemos as palavras de Pedro:
"Senhor, a quem iremos, só tu tens palavras de vida eterna…"
Pe. Antônio Carlos Gerolomo OSJ (gerolomo@gmail.com)