Estamos já praticamente do final do mês corrente, de novembro de 2015, já nos aproximando do final do ano Civil e ao se falar e pensar no final do ano, somos convocados há uma séria revisão de vida, há uma avaliação do nosso comportamento daquilo que deveríamos fazer enão fizemos daquilo que deveríamos ter alcançado e não alcançamos. A sociedade civil começa o seu balanço sobre o que aconteceu que não deveria ter acontecido dos pontos que deveríamos ter melhorado e não melhoramos do lucro que deveríamos ter conseguido e não conseguimos, dos objetivos que deveríamos ter alcançado e não alcançamos. Diante das derrotas sócio-política e econômica começamos as nossas projeções para o próximo ano na esperança de dias Melhores. Religiosamente falando, antecipamos o final do ano com o final do tempo comum, neste mês de Novembro fizemos memória do dia de Todos os Santos, onde recordamos que somos convocados para um dia chegar á casa do Pai; com o dia de finados nos lembramos de que a passagem desta para outra vida é uma certeza a todos para a qual devemos nos preparar. A Liturgia neste período nos fala do fim do mundo e da sua história. Porém este final não é para nos colocar em pânico, e sim é e um convite à esperança. O Deus Libertador quer mudar a noite do mundo de trevas para a verdadeira luz, A Sagrada escritura nos relata em (Dn 12,1-3) que o povo judeu se encontrava oprimido sob a dominação dos gregos. Muitos judeus, apavorados pela perseguição, abandonavam até a fé… Deus enviou o seu anjo Miguel como defensor dos que se mantiveram fiéis no caminho de Deus. O objetivo do escritor sagrado era animar o povo a resistir diante dos opressores e lembrar que a vitória final será dos justos que perseverarem que forem fiéis. Aqui encontramos a primeira profissão de fé na Ressurreição, que se encontra na Bíblia. Esse texto está em conexão com o evangelho (Mc 13, 24-32), que nos fala da 2a vinda de Cristo e prefigura a vinda de Cristo libertador. Na época em que Marcos escreveu o seu evangelho, as comunidades cristãs estavam agitadas e assustadas por causa de guerras e calamidades, sobretudo com a destruição do templo de Jerusalém ocorrida no ano 70 da nossa era cristã.Para tranquilizar os cristãos, o autor usa uma linguagem apocalíptica, descrevendo a catástrofe do sol e das estrelas e o aparecimento do Filho do homem sobre as nuvens para julgar os bons e os maus. Esse "Discurso escatológico" de Cristo é o último antes da Paixão. Jesus anuncia a destruição de Jerusalém e o começo de uma nova era, com a sua vinda gloriosa após a ressurreição. Este escrito não é propriamente uma reportagem, mas uma CATEQUESE sobre o fim dos tempos. A Intenção não era assustar, mas conduzir a comunidade a discernir sobre o futuro da comunidade cristã dentro da História. Não deviam ver como o fim do mundo, mas o início de um mundo novo. Portanto, não deviam dar ouvidos a pessoas que anunciavam o fim do mundo. Pelo contrário, deviam ver nos sofrimentos sinais de vida, como “dores de parto”, que prenunciavam o nascimento de uma nova vida… A Palavra de Deus reafirma que Deus não abandona a humanidade e está determinado a transformar o mundo velho do egoísmo e do pecado num mundo novo de vida e de felicidade para todos os homens. A humanidade não caminha para a destruição, para o nada; caminha ao encontro da vida plena, ao encontro de um mundo novo. Nós cristãos devemos ver a vida presente em estado de gestação, como germe de uma vida, cuja plenitude final alcançaremos só em Deus. Esse mundo sonhado por Deus é uma realidade escatológica. Mas desde já um novo dia está surgindo, por isso, devemos ser para os nossos contemporâneos sinais de esperança dessa realidade.gente de fé com uma visão otimista da vida e da história, que caminha alegre e confiante, ao encontro desse mundo novo, que Deus nos prometeu. Deus, que não nos abandona em nossa caminhada vem sempre ao nosso encontro para nos indicar o caminho. Da nossa parte, devemos estar atentos aos sinais de Deus, confiantes nas palavras de Cristo, que nos garante:"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão".
O Pe. Antonio Carlos Gerolomo Também é colunista di site www.click3.com.br