Os poucos regimes socialistas mundo afora, que não passam de velhas ideologias do século 19, estão fadados ao fracasso no curto prazo. Recentes eleições na Argentina, Venezuela e França, deixaram claro que os povos cansaram de utopias que vendem sonhos incompatíveis com o mundo moderno.
Esse movimento social e comunitário (daí a origem dos nomes socialismo e comunismo) teve início na era da Revolução Industrial – em torno de 1800 – contrapondo-se à excessiva exploração de mão de obra pelas indústrias que estavam surgindo naquela época. Passados os anos, esses trabalhadores foram se organizando, algo parecido com o que conhecemos hoje como sindicatos, negociando melhorias nas condições de trabalho e nas remunerações. Esse processo mais tarde foi chamado de “relação capital x trabalho”, ganhando status de teoria acadêmica através de escritores e pensadores que se especializaram no assunto, alimentado fantasias até hoje.
Nos últimos 20 anos o mundo experimentou uma evolução tecnológica e de informação, que seguramente supera a soma de tudo que a humanidade já viu até hoje. Isso trouxe transformações profundas nas relações sociais, nas relações de trabalho e na vida das pessoas. A velocidade com que as coisas acontecem nos tempos atuais, exigem dos agentes econômicos conhecimento apurado, inovação constante, capacidade de reorganização em tempo real e expertise nos processos produtivos. Virtudes essas que você não encontra em máquinas públicas pesadas, esses Estados gigantes e interventores que acreditam que tudo podem prover para o equilíbrio social, atendendo uma filosofia idealista de assistencialismo improdutivo. Nenhum país consegue “bancar” um povo com baixa produtividade por muito tempo. Isso é apenas o óbvio, pelo simples fato de que uma nação se torna naquilo que ela prioriza. Se num país circula riqueza, todos acabam beneficiados de acordo com a capacidade preparativa de cada um. Já se uma nação tenta nivelar a renda por baixo, todos também acabam atingidos, levando sua economia à recessão, à elevação de preços, à falta de matérias-primas, ao endividamento do seu povo, entre outras mazelas.
Observemos os números. Países de primeiro mundo, desenvolvidos, há muito aboliram as esquerdas radicais da sua história. A própria China, que de comunista só tem a sua bandeira, tem todo seu processo produtivo globalizado.
Portanto, o que estamos vendo em todo mundo, é que as pessoas estão mais informadas e tirando suas próprias conclusões do que é bom ou ruim para si e suas famílias. Velhos discursos de idealistas utópicos quererem chamar isso de “golpe” é no mínimo ingenuidade ou medo de perder seu “status quo”.
Jair Benke é colunista do Portal Click3