Sabe-se que a operação Lava Jato ultrapassa as fronteiras do Brasil. Bancos internacionais e empresas em paraísos fiscais movimentaram, por exemplo, boa parte dos R$ 6,2 bilhões em propinas que, segundo a apuração, minaram os cofres da Petrobras.
Outra coisa é saber se políticos, empresários e empreiteiras brasileiras investigadas na operação reproduziram o esquema em outros países, em associação com interesses locais.
Desvendar essas possíveis conexões, porém, não é atribuição de instituições brasileiras, mas dos países em que os supostos crimes teriam ocorrido.
Até agora, 11 países (Andorra, Costa Rica, Dinamarca, Itália, Guatemala, Liechtenstein, Panamá, Peru, Porto Rico, Suíça e Uruguai) já fecharam cooperação formal com o Ministério Público Federal brasileiro para receber dados sobre a investigação.
Outros, como a Argentina, apostam por enquanto na colaboração informal, com visitas de procuradores a colegas no Brasil.
Pistas sobre uma possível "Lava Jato para exportação" vieram à tona principalmente em países onde a Petrobras e empreiteiras brasileiras possuem operações, como Peru, Venezuela e República Dominicana.
Informações BBC