A crise no frigorífico da Globoaves se agravou. O abate em Cascavel foi suspenso por 90 dias e para não demitir os cerca de 1.200 funcionários, eles ficarão afastados por meio da “Bolsa Qualificação”. Trata-se de um programa federal que arca com parte dos salários durante o período de suspensão dos contratos.
Há meses existe o relato de falta de milho que levou aves a morrerem de fome. Em outras unidades a empresa recorreu a férias coletivas para os funcionários.
Para os produtores, a situação também está complicada. A CGN conversou com um produtor da região de Três Barras do Paraná que está sem receber há mais de 100 dias. O normal era que o pagamento ocorresse em sete ou no máximo 15 dias.
“Também estamos sem alojar há 48 dias e esta é nossa única renda. No último lote, de 46 dias, ficamos alternadamente 13 dias e meio sem ração. As aves não chegaram a morrer mas ficaram abaixo do peso”.
Nesta propriedade a dívida chega a R$ 45 mil e o produtor afirma não ter informações claras sobre o que ocorrerá a partir de agora.
Procurada, a empresa prefere não se manifestar oficialmente.
Informações CGN.