O primeiro levantamento, divulgado na sexta-feira (24), mostra que a produção do grão deve ficar entre 11,3 e 11,4 milhões de toneladas. A estimativa inicial era de 12,9 milhões de toneladas. As perdas nas lavouras de milho do estado ocorrem em um quadro de escassez do grão em todo o país.
Conforme a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a produção brasileira de milho na safra de verão foi 6% menor do que na safra anterior, quando foram colhidas 79 milhões de toneladas.
A segunda safra de milho conta com 2,19 milhões de hectares plantados, e a produção estimada é de 11,4 milhões de toneladas. Na safra passada, de 2014/2015, a produção foi de 11,5 milhões de toneladas.
Com redução da colheita do grão, outras cadeias produtivas devem ser afetadas, como por exemplo, a da carne. Como o milho disponível no mercado pode ser insuficiente para a indústria, o Paraná pode importar o grão de outros país ou estados para atender a demanda interna.
Soja, feijão e trigo
O Deral também divulgou dados de culturas como soja, feijão e trigo. A produção de soja na última safra sofreu uma redução de 9%, foram colhidos 16,6 milhões de toneladas. Segundo o Departamento, a quebra foi causada pelo excesso de chuva.
A chuva também prejudicou as lavouras de feijão. A projeção inicial de produção era de 750 mil toneladas, mas foram colhidas 607 mil toneladas, uma quebra de 19%. E com a redução da oferta, o consumidor foi o principal afetado. O preço do feijão carioca está 250% mais alto do que em 2015, e o feijão preto sofreu alta de 147%.
Por outro lado, o trigo não está sofrendo com as baixas temperaturas e a estimativa de plantio é de 1,13 milhão de hectares. A safra é menor do que a passada, mas a previsão de colheita do grão é de 3,4 milhões de toneladas. O Brasil deve produzir neste ano 5,8 milhões de toneladas de trigo.
Informações G1.