Uma nova tecnologia que pretende agilizar a descoberta de fraudes em carnes vendidas no país está sendo desenvolvida pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Trata-se de uma fita parecida com a que mede a taxa de glicemia. Em vez de o produto ser analisado em laboratório, a fiscalização pode ir até as fazendas, frigoríficos e supermercados para fazer os testes cujos resultados são imediatos.
“As pesquisas são muito promissoras. A fita tem uma tecnologia de biossensor. Já tínhamos feito ensaios in vitro, em laboratório. As análises demoram de três a cinco horas. Mas com a fita, o resultado sai em cinco minutos”, disse o professor Luiz Heneine, coordenador da pesquisa.
A fita reage com o produto analisado e é capaz de identificar carnes de cavalo, jumento, cachorro e até de gato em produtos processados.
Por causa dos cortes em pesquisas por parte do poder público, a equipe de Heneine teve que buscar investimento na iniciativa privada. “Já entramos com o pedido de patente que está sendo analisado pela UFMG e Funed. Empresas também estão analisando a pesquisa”, disse o coordenador.
Caso o investimento seja aprovado, a expectativa é que um protótipo seja desenvolvido em dois anos. “Hoje existe o método ‘Elisa’ que é um processo cheio de etapas, muito suscetível há falhas. O nosso projeto pretende simplificar a verificação das fraudes fazendo com que os produtores honestos e consumidores não sejam prejudicados”, disse ele.
Fonte: G1