A cidade tranquila, com pouco mais de 15 mil habitantes, agora chama a atenção de arqueólogos de todo o Brasil e também de outros países. Capitão Leônidas Marques entrou no roteiro dos estudos, que avaliam e compreendem vestígios deixados por aqui há milhares de anos.
A propriedade rural na Linha Santo Antônio, passou de pasto fértil a sítio arqueológico.
Em cima das grandes pedras de basalto, círculos e mais círculos. A primeira marca foi encontrada em 2014, pelo dono da propriedade. Ele chamou uma empresa de arqueologia que apenas fotografou e arquivou as imagens da gravura. Agora, os trabalhos foram retomados por outra instituição, que está mapeando todo o espaço.
Desde o começo dos trabalhos, até agora, foram encontradas 84 gravuras. Mas os arqueólogos já constataram que há muitos outros desenhos, escondidos embaixo da vegetação. O próximo passo agora é catalogar todas as gravuras e tentar encontrar o significado por trás desses sinais.
Ainda é cedo para ter uma confirmação, mas as marcas encontradas, segundo os especialistas, podem ter sido feitas a quatro ou cinco mil anos atrás. Uma descoberta inédita para a Região Oeste do Estado.
Quando o sol se põe no Rio Iguaçu é que os trabalhos mais precisos começam. Isso porque é no efeito de luz e sombra que se consegue ver todos os detalhes das gravuras. Com a folha de plástico e a caneta, os arqueólogos copiam as marcas da pedra, para que tudo possa ser digitalizado depois.
O local já está demarcado como patrimônio histórico e cultural do país. Além de proteger as gravuras rupestres, o objetivo também é compartilhar a descoberta com toda a comunidade em breve.
A descoberta deverá atrair curiosos e pesquisadores de toda região.
O local passou a ser patrimônio da União e protegido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).