O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 2,1% em março deste ano na comparação com o mês anterior, e 10,9% na comparação com março do ano passado, de modo a alcançar 127,1 pontos, ou seja, acima da zona de satisfação e o melhor resultado em pontos desde novembro de 2018 da pesquisa produzida mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens; Serviços e Turismo (CNC). Percentualmente, a confiança do setor é a maior para meses de março desde 2012, e o índice nacional só não registrou melhor resultado devido a fatos como a letargia na recuperação do mercado de trabalho e dificuldades para aprovação de reformas, como a da Previdência.
O economista-chefe da Confederação, Fabio Bentes explica sobre esta situação do cenário do comércio. “A confiança dos empresários do comércio cresceu pelo quinto mês consecutivo, seguindo, porém, a um ritmo mais lento do que o dos últimos meses. Além das dificuldades de estimular o crescimento mais vigoroso da economia, contratempos na esfera política poderão comprometer a aprovação das reformas essenciais. Ainda assim, o cenário de investimentos no setor, para o decorrer do ano, ainda não está comprometido”.
O subíndice que mede as condições atuais do empresário do comércio (Icaec), com suas altas de 6,4% e de 16,7%, nas comparações mensal e anual respectivamente, mostrou que, em março, seis em cada dez entrevistados acreditam que o momento atual da atividade econômica está mais favorável do que há um ano. Esse é o maior grau de satisfação com as condições atuais da economia desde março de 2011, quando 65% percebiam o nível de atividade do País de forma mais positiva. Os graus de satisfação quanto ao desempenho do setor e das empresas, que também compõem o mesmo subíndice, também avançaram em relação a fevereiro, de forma a se situarem, na sequência, nos níveis mais elevados para meses de março desde 2011 e 2012.