Um jovem casal mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam em sua nova casa, enquanto tomavam café, a esposa olhou pela janela, apontou para o quintal da vizinha, e disse ao marido:
— Estava observando como é suja a roupa da vizinha. Eu teria vergonha de pendurar no varal um lençol tão mal lavado. Isso é relaxamento, um desleixo... Na verdade, acho que é preguiça.
O tempo passava. Cada vez que ela voltava a observar, os lençóis tinham um aspecto pior. Certo dia, uma surpresa! Ao reparar nas roupas da vizinha, ficou abismada. Estavam brancas, limpinhas, as cores vivas.
— Criou vergonha - disse ela - Perdeu a preguiça e esfregou mais, ou então trocou a marca do sabão.
— Nada disso - replicou o marido. - Fui eu que lavei.
— Lavou os lençóis da vizinha?
— Não, mulher! Lavei o vidro da janela. Era ele que estava sujo.
Geralmente o defeito que notamos no outro está em nós mesmos. Projetamos fora o que está dentro de nós. Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.
Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Limpe sua vidraça ou simplesmente, abra a sua janela!