A manhã da segunda-feira (26) foi marcada pelo início da mobilização dos funcionários da Araupel de Quedas do Iguaçu. Eles reivindicam que seja solucionada a questão da invasão por parte do MST na região. A invasão vem prejudicando os trabalhos da empresa que por sua vez encontra-se sem matéria prima, o que deixa os funcionários sem trabalho.
Com medo de serem prejudicados por falta de matéria prima para trabalho, principalmente por temerem a demissão, eles estão organizados frente a essa mobilização em busca de uma solução para o caso.
Um dos líderes do movimento, Robson Damião da Silva, explicou o porquê da mobilização. “Estamos fazendo esse ato para verificar com o pessoal da justiça a respeito das invasões que estão acontecendo em Quedas do Iguaçu e não temos mais matéria prima para trabalhar. As indústrias estão paradas no momento por falta da matéria, são 1500 funcionários e 160 caminhoneiros que trabalham com isso e devido as invasões não sabemos o que vai acontecer com nosso trabalho”, frisou.
Robson também esclareceu que se trata de uma mobilização dos funcionários. “A empresa não tem nada a ver com isso, somos nós que paramos por não ter matéria prima e isso se deve ao MST ter invadido nossas áreas e por isso estamos sem condições de trabalhar”, salientou.
O caminhoneiro Cleverson Padilha falou sobre a situação. “A invasão prejudicou a nossa classe, porque nós que fazemos o processo de trazer o material para a serraria, dependemos desse trabalho, pois é dai que sai o sustento da nossa família”, apontou.
O empresário de Quedas do Iguaçu, Batista Dalcanton, acredita que os funcionários estão fazendo o que é de direito deles. “Eu acho que eles têm o direito de fazer essa mobilização a Araupel está há anos em Quedas, apoio essa atitude”, explicou.
A mobilização segue por tempo indeterminado e as rodovias de acesso a Francisco Beltrão e a Laranjeiras do Sul estão trancadas. Somente passarão pelo bloqueio as ambulâncias, carros de polícia, alunos, e carros que transportam alimentos perecíveis.
Redação Click3
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